quarta-feira, 17 de junho de 2009

essa tarde, é triste;

Eu preciso tanto desabafar. Preciso jogar este peso que caiu em mim e jorrar essas lágrimas pra fora.
A minha ficha finalmente caiu. É de tarde ainda, e foi nessa mesma tarde que vi que a dor de cabeça que vinha me atormentando desde cedo tinha causa fundada. Tive uma conversa paralela com minha mãe e tomei conhecimento do que eu já sabia que vinha acontecendo, mas não havia sentido. Ela está conturbada, há 4 dias que não dorme; poucos são os cochilos que consegue dar. Acorda com a cabeça cheia dos mesmos problemas. Aqui na minha casa, temos passado por crises. Vejo o desespero da minha mãe. O casamento dos meus pais querendo escapulir pelo ralo. E eu, hoje, estou triste. Eu preciso de um abraço; mas não quero abraçar agora. Há muito tempo, eu choro calada. Mas, não sou uma pessoa triste. Pelo contrário, sou muito feliz e tenho muitos motivos pra isso. Mas, essa tarde, não é uma tarde feliz. Eu sei que vai passar. Mas não agora. Me agonia ver as crises de depressão da minha mãe. Logo ela, minha mãezinha, minha luz, meu aconchego. Ela que eu tanto quis proteger. Eu não consegui livra-la dos medos que sente, dos traumas da infância, do silêncio pavoroso que tem nos cercado. Ouvi-la dizer que, se não fosse o Deus tão grande que ela tem dentro dela, ela já teria se ido, e não teria se ido pra viver, nós já teriamos a enterrado. Isso, abriu um buraco dentro de mim. Meu medo ganhou espaço. Eu não consegui dizer mais nada. Eu enchi meus olhos d'agua e abaixei a cabeça pra que ela não visse. Queira Deus que consigamos recomeçar. Sim, recomeçar. É muito fácil falar... os meios, que são desconhecidos, incertos. [Parei de escrever, e quando vi, minha irmã estava ao meu lando, chorando junto comigo... eu eu recebi o melhor abraço]. Se eu poder ter minha família unida de volta, se eu poder sentir o amor que tanto anseio. Eu perco tudo, eu não faço questão. Só não quero perder, de jeito nenhum, as pessoas que eu amo. Que por elas, eu morreria. Sem pensar duas vezes.

Sou muito controlada, mantenho a fera dos meus sentimentos reais abaixo do calcanhar da minha força de vontade. Não é fácil conseguir isso o tempo todo. [Lya Luft em O silêncio dos amantes]

5 comentários:

  1. Sabe, vou te contar uma coisa, minha mãe é bipolar, e tem síndrome do pânico... É complicado em certas épocas, nesse ano, não faz muito tempo, entrou em crise... Suportei tanta coisa sem desabar, que ainda não sei como estou aqui, assim, intacta, e sem desabar...
    Porém, dói e sinto acumular.
    Não sei ainda por quanto tempo...

    Beijo grande.
    Se cuida, e cuida da sua mamãe.

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  2. Olha, é nessas horas que se prova a fogo a força que existe em nós. E pelo que parece a sua mãezinha tá precisando mais de abraço do que qualquer outra pessoa agora. Não sei o que aconteceu, mas sei que existe um Deus que nos mostra o caminho (que vc escreve desconhecido) pra recomeçar e fazer tudo mudar com a ajuda de quem pode superar as nossas expectativas. Existe situações que perdemos o total controle para justamente entendermos que não somos suficientes, dependemos do poder e do milagre do alto para prosseguirmos a jornada.

    Força em Deus, Nara, que tudo vai se resolver.
    Um grande beijo e o meu abraço!

    =)

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  3. Ei Nara! Que o sei dia hoje seja cheio de surpresas agradáveis. Um grande beijo e obrigada pelas visitas constantes.

    =) Menina Linda!

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  4. Nara, flor, às vezes é difícil, muitodifícil, mas a gente supera, A força que a gente tem é maior do que a gente imagina. É ainda mais difícil enfrentar situações assim qd machucam quem nós amamos, mas vc é forte e vai ficar tudo bem. Certeza.
    Fiquem unidos. Seja feliz como vc é e chore sempre que tiver que chorar, mas saiba que vc é forte e q vc consegue.
    Um beijo.

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  5. Obrigada pela visita, Nara.
    Que bom que você gosta do meu cantinho.
    Também gosto daqui :D

    beeijo
    :*

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