sábado, 12 de dezembro de 2009

Meu herói meu bandido, Pai.

Realmente não sei por onde começar.

Vou começar falando da saudade imensa que me leva a escrever pra você.

Sabe, de vez em quando eu queria ser a menininha que você pegava no colo e colocava pra ninar. Embora mesmo com esse meu tamanhão sou sua menina. E sei que dentro do seu coração não vou crescer nunca. Assim como você é meu “papito”. Sinto saudade de quando me jogava nos seus braços e podia brincar sem ligar para tempo porque isso tinha de sobra. Desde que me conheço por gente te vejo de mês em mês. Queria que seu trabalho fosse mais perto pra de vez em quando ver seu sorriso de menino. Acho que nunca senti tanta saudade de você como sinto hoje. Talvez tenha sido por causa da mamãe já que ela não para de falar que está com saudades de você.

"Pai! Eu não faço questão de ser tudo

só não quero e não vou ficar mudo

pra falar de amor pra você."

Minha voz sempre esteve muito presa pra isso e não quero mais prendê-la. Deus não poderia escolher pai melhor pra mim. Nunca fez cerimônia no aperto. Agradeço pelas palmadas quando mereci e pelo diálogo que prezamos. E mesmo longe você é presente. Adoro quando você começa seu discurso imbatível falando da vida real, do que viu do que viveu. E tua paciência quanto aos meus machucados. Meu choro que teve e tem teu colo. Teu carinho; carinho que só pai sabe dar.

"Pai, senta aqui que o jantar tá na mesa

Fala um pouco tua voz tá tão presa

Nos ensine esse jogo da vida

Onde a vida só paga prá ver..."

E quando você fala dos meninos e Dona Maria fala tudo o que você fazia. Ai, Ai. Quero um amor que nem o de vocês. É por ele que hoje estou aqui. Quero te pedir desculpa pelas vezes que fui tão impaciente com você... Filhos são assim, não é mesmo? Te agradeço por tudo o que sou, pois, tenho muito de você. Personalidade, então? Ah, 171 é nosso tipo! (rsrsrss) Aprendi a gostar do bom e velho rock com você, a andar de bicileta que nas quedas tive seu apoio. Aprendi a tocar uma música no violão com você. A cantar inglês no embromachion. Às vezes a vida me dá medo, mas pego a força que você plantou em mim e sigo.

"Pai, me perdoa essa insegurança

Que eu não sou mais

Aquela criança

Que um dia morrendo de medo

Nos teus braços você fez segredo

Nos teus passos você foi mais eu

Você é meu herói meu bandido
Hoje é mais
Muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz”

Você foi tantas vezes meu refúgio sem nem saber.

Te amo!

Sua, menina.

8 comentários:

  1. me lembrou muito "pobre meu pai" de sérgio sampaio

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  2. aah , toda vez que escuto essa musica choro
    *-*
    sério mesmo'

    Lembro nao so do meu pai, mas do meu
    falecido avô'

    :* lindo post menina. estas de parabéns'

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  3. É lindo ver uma filha falando com tanto carinho de um pai.
    *--*

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  4. ah... passei por acaso... li muita coisa... gostei de td q li. parei por aq... por hj.

    [[[ nostalgia ]]]

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  5. Que coisa mais linda, Nara! Talvez o melhor que eu já li aqui, já que o tema "Pai" sempre mexe comigo!

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  6. Queria eu poder falar tão bem assim do meu pai.

    Beijo.

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  7. Belo texto, Nara. Fiquei comovido: espero que seu pai tenha lido.
    Beijos

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  8. Nossa, lágrimas. Seu texto e essa música juntos estão me fazendo chover.. rs
    Belíssimas palavras.

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