segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Porque era ele, porque era eu.


"Se me obrigassem a dizer porque o amava, sinto que a minha única resposta seria: ''Porque era ele, porque era eu''." [Montaigne]

Contudo, continuo te alcançando não apenas no tato, mas nos cinco sentidos. Continuo a amanhecer esse sentimento todos os dias, até quando chove. O que me impulsiona é que não é apenas um movimento unilateral, mas consigo através do esforço mútuo que se apresenta de ambas as partes. Continuo a te alcançar no silêncio das horas e na festividade dos dias. Mesmo quando me reservo e só tenho a mim, consigo te encontrar aqui dentro e me encantar com uma particularidade tua, minha, nossa.
Parei de contar os dias que se passaram até então. Comecei a abraçar cada novo nascer do sol que nos abrange. Percebi que assim consigo ter mais a agradecer e celebrar. Quero continuar a me aninhar no teu corpo, a me abrigar no teu abraço, a me iluminar com teu sorriso. Quero continuar a me surpreender com a capacidade do amor de nos fazer recomeçar sempre que nos pensamos fracos demais. Que continuemos a encontrar o perdão para os nossos erros, sem que precisemos nos apontar a cada novo deslize. Que saibamos cultivar a energia festiva ou silenciosa de estarmos em paz em nossa companhia. A fidelidade é a de ser serena e até mesmo furacão, sem deixar de ser tua pequena. 
Até quando, não sabemos... Nem quero saber. Pode ser sempre, pode ser breve. Mas o melhor momento: este. É no agora que te guardo na minha eternidade.

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